O QUE FOI E O QUE FICOU
(Autor: Antonio Brás Constante)
Ele gritou pelo fato que ali aconteceu;
Clamou desamparado por uma compaixão já tardia, a alguém que morreu;
Implorou ao sagrado ao mesmo tempo em que blasfemava alto,
Diante da dantesca cena de cruel covardia.
A angustia engasgava o choro;
Indefeso ao choque que sua consciência ainda não entendia;
A mente se enganava, achando que tudo aquilo era apenas um sonho;
Terrível ilusão. Fantasia.
Seu corpo trêmulo de joelhos. Desespero.
Observava caído e sem vida um pedaço importante de sua própria vida.
Estendido no chão frio dos acontecimentos;
Um singelo rostinho tão terno entregue agora ao sono eterno.
Da face do homem sangravam tristezas, vertidas de seus olhos mareados de dor;
Furtivas gotas do abandono sofrido;
Inúmeras lágrimas de adeus, dedicadas a um anjo perdido;
Pois a fatalidade de uma tragédia para sempre levou...
Seu pequeno filho querido.
Acho que esse texto exprime a dor pela qual os pais e mães do Rio de Janeiro estão passando. Não posso fazer nada, mas peço a Deus que os ajude e os console, embora acredite que a dor de perder um filho seja uma dor inenarrável e só quem já passou por isso pode compreender. Meu coração lamenta por vocês, pais e mães do Rio de Janeiro!
Isso me dói...
ResponderExcluirlamento, lamento muito...
minha cidade, uma triste realidade...
Que a paz de Deus reine nesse mundo...
=(